Neste artigo falaremos sobre os princípios básicos da pintura a aguarela para a concretização das suas primeiras obras-primas, lembrando-se que não existem limites para dar asas à criatividade!
Desde as cores extraordinariamente estimulantes à sua transparência e suavidade, a pintura a aguarela é nos dias de hoje bastante apreciada.
Na idade média os pintores começaram a desenvolver a técnica a aguarela, sendo que na maioria das vezes serviam de esboços prévios para pinturas a óleo. No entanto, no seculo XVIII a aguarela popularizou-se e foi ganhando uma verdadeira notoriedade pois na altura existiu uma crescente importância pela pintura ao ar livre e, nada melhor para nos acompanhar que um simples e prático estojo de aguarela para uma delicada arte plástica autónoma.
Sendo que esta pintura é à base de água, transmite-nos um brilho intenso jamais conseguido com outro tipo de pigmento.
Como começar?
Para dar início é necessário um planeamento prévio devido ao seu meio exigente, pois com um período de secagem rápido, não haverá hipóteses de recorrer a correções. O segredo é definir as sobreposições cromáticas certas, sendo que, ao contrário de outras técnicas, a pintura a aguarela é trabalhada primeiramente com os tons claros e posteriormente tons escuros, daí não existir margem para erros.
Mesmo assim são imensas as vantagens deste meio multifacetado, permitindo-nos libertar a criatividade através das suas transições suaves e espontaneidade em cada pincelada.
Mas vamos lá, neste processo de desenvolvimento artístico existem alguns princípios básicos, sendo eles:
Que tintas devo usar?
As tintas, em forma de pastilhas, latas, tubos, lápis ou canetas… A verdade é que cada pessoa acaba por preferir determinado método através do seu estilo artístico, sendo que, por exemplo, para quem gosta de pintar ao ar livre os tubos sem dúvida serão a melhor opção para transportar, já as pastilhas serão mais convenientes para aqueles que preferem uma pintura mais aquosa devido ao seu formato pequeno. É também importante realçar que no começo não é necessário gastar muito dinheiro em várias cores, pois com as primárias é possível criar pinturas espetaculares.
Quais os melhores pinceis?
Os pinceis devem ter pelos densos, sejam eles verdadeiros ou sintéticos, é importante absorverem bem a água de modo a obter bons resultados. Para principiantes o equipamento básico deve conter pinceis redondos com ponta filigrana, um pincel chato e um pincel língua de gato.
Qual papel devo usar?
Em relação aos papeis para aguarela, apesar de diferentes texturas e espessuras, não deve prescindir de uma gramagem elevada para obter o efeito ótico desejado.
Preparando o papel, se a gramagem da folha for inferior a 600 gramas, é necessário humedecer antes de dar início à pintura de modo a evitar ondulações indesejadas.
Já se decidir usar como base a tela, é aconselhável que o suporte esteja completamente isento de gordura (para isso pode limpar com álcool) e de seguida deve passar uma base de gesso de forma a criar aderência para a aguarela.
A paleta do pintor deve ser de plástico ou porcelana, podendo começar mesmo com uma simples tampa ou prato.
Posto isto, devemos experimentar composições abstratas até conhecermos bem a técnica e velatura, testar granulações com papeis resistentes, misturar cores do mais claro ao mais escuro e até borrifar e salpicar, conseguindo efeitos visuais extraordinários, pois na verdade o ponto forte da aguarela é o facto da cor sobressair à forma, logo, permite captar sensações incríveis.
Pondo mãos à obra, o essencial é abstrairmo-nos do mundo em redor, descontrair e trazer de nós este género artístico tão característico.
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